domingo, 28 de setembro de 2014




No instante em que reencontrei esta fotografia eu fui feliz, dessa felicidade feita de reviver o passado tão recente. De uma felicidade feita de ignorar o futuro. Eu fui feliz, desse desejo de reconstruir momentos, de recontar, de repetir... Eu fui feliz, dessa felicidade feita - de novo - do deslumbre. 
Eu não sou mãe, mas acho que ao olhar nos olhos de um filho adulto, o que uma mãe ama é o brilho que só ela pode identificar nos olhos dele, porque é o mesmo de quando ele a fitava enquanto ela o amamentava.



sábado, 20 de setembro de 2014


Eu sinto o tempo pairando em outro tempo
Correndo bem lento nas asas de um beija-flor
Que espera a flor acordar enquanto o dia não vem
Geleiras vão desabar mudando a cor do mar
Imenso que leva abraços e esperas
Minutos são eras a cada passo pro fim
Se o universo girar pra gente se desprender
Te encontro em outro lugar em paz
Ou não ou nunca mais

Agora é hora da gente se esquecer
Que o tempo e o vento não vão parar de bater
E a cada ponto final a história vai repetir
A gente é mais que um plural e a vida é muito mais
Que a gente espera temendo a toda queda
Deixa a geleira cair e o beija-flor descansar
Um novo agora virá
Escute o som do mar

(Marcelo Jeneci)